domingo, 16 de setembro de 2007

Encapuzados

Há um cheiro nefasto
há um cheiro podre
um cheiro sinistro de morte no ar.

Tiros facadas linchamentos
covardia encapuzada matando
linchando culpados e inocentes.

O país paraplégico
abestalhado/imbecilizado
apenas move a cabeça atordoada.

Conivência... impotência... prepotência...

O crime absurdo continuado.

A caça às bruxas
aos pobres
aos miseráveis.

A barbárie correndo de rédeas soltas
(sob a lua - pálida testemunha
sob o sol - o crime consumado).
- O horror estampado nas pessoas
o horror estampado nos jornais...

Há um cheiro fétido insistente
há um cheiro podre de carniça
um cheiro lúgubre de morte
no ar.

Júlio Garcia - 1994.

Nenhum comentário: